O primeiro desafio de uma mãe intercambista é o longo período de voo e isso te faz refletir muito, é sem dúvida nenhuma, o momento em que você diz:- O que foi que eu fiz!!!!!!!. Normal, afinal é pela primeira vez que você vai se ausentar da sua família por tanto tempo, além disso, você não tem bola de cristal para saber, o que te espera em outro país, você no máximo súplica a Deus que te proteja e não te desampare nesse momento ímpar de sua vida.
Quando você chega no país têm que tá muito segura da sua escolha e tentar agir normalmente como se conhecesse tudo e não se sinta uma estranha do ninho, o legal da experiência é que ninguém se importa muito com isso. Mas devo confessar que é de suma importância ter noção da língua em que você vai estudar, porque algumas vezes é bem díficil a comunicação com os nativos.
Em minhas andanças em Dublin, como todo estrangeira recém chegada fiquei perdida, tentei falar com os irish's, mas não conseguia entender, então fiz o que eu não queria fazer que era ter contato com brasileiros, e por incrível que pareça brasileiro têm de quilos em qualquer parte do mundo, mas naquele momento crucial não achava um para contar a história. Depois de muito andar percebi alguém conversando pelo telefone com a Patrícia que estava desistindo em ficar em Dublin e estava voltando pra casa. Aguardei por uns cinco minutos o fim da conversa e pedi encarecidamente onde era o PPS (Previdência Social) e falei que eu não falava muito bem inglês e por isso não conseguia entender a localização. E ele prontamente me falou:- Querida quem é que chega em Dublin falando inglês, eu sou pernambucano cheguei aqui falando oxente, eu aprendi você também vai conseguir e me informou onde ficava o lugar.
Ou seja por mais que as coisas insitem em dar errado, você vai receber a visita de bons anjos. O nome do meu era Nelson, um brasileiro que morava há seis anos em Dublin e não queria mais voltar para o Brasil, pois encontrou aqui a oportunidade que procurava.
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