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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Criança dedo-dura


No programa de amanhã dia 30/07 iremos abordar no Fala Pessoa, o comportamento do conhecido dedoduro ou delatador, o primeiro homem a ser um dedo duro na história foi Judas ao trair Jesus. E você meu amigo deve ter em mente alguns kilos de nomes de pessoas com esse perfil. Esse problema surgi ainda durante o crescimento do indivíduo.
Durante uma reunião familiar, Vítor, 7 anos, cruzou a casa cheia de visitas e foi falar ao ouvido do pai, o médico Jairo de Carvalho. O tema do cochicho: as primas, de 10 e 12 anos, estavam mexendo no teclado eletrônico, um delicado instrumento musical. O pai explicou que as primas eram mais crescidas e já sabiam mexer no teclado. Da próxima vez, o menino não precisava contar a ninguém: bastava pedir às primas que fossem cuidadosas. O comportamento "dedo-duro" de Vítor é muito freqüente entre os 6 e 8 anos. Para especialistas, a atitude tem pelo menos dois componentes. O primeiro diz respeito à forma de pensar das crianças dessa idade. "Elas são severas, não sabem flexibilizar a aplicação das regras. Não entendem que às vezes pode, às vezes não; que há pessoas que podem, outras que não podem", diz a professora Neide Saisi, especializada na formação de educadores infantis. O segundo aspecto é emocional: o filho, que agora já tem idéia de certo e errado, quer ganhar o amor dos pais "mostrando serviço". Quanto maior for essa necessidade, mais intenso pode ser o comportamento. Busca de justiça Embora a motivação varie com a circunstância, a fofoca das crianças costuma ser inocente. A forma como os pais reagem a ela é que pode determinar sua transformação num hábito ou não, formando pessoas capazes de respeitar a individualidade alheia ou os indesejáveis mexeriqueiros. "Se o pai valoriza a atitude, o filho pode se tornar aquele chato certinho, que quer estar sempre bem com a autoridade e está sempre mal com o grupo", diz a psicóloga Ana Maria Coelho. Mas não é o caso de ignorar ou repreender a criança, pois às vezes ela está também em busca de justiça: as normas devem valer para todos. Cabe aos pais explicar por que a regra pode ser alterada (se for o caso), e sempre reforçar que, se não há ninguém em perigo, não é preciso contar tudo o tempo todo, pois cada um é responsável pelo que faz. É assim que começam a se sedimentar noções de ética e justiça, que mais tarde vão se transformar em conceitos morais.
Então caro leitor seja um exemplo e um bom ouvinte dos seus filhos, para eles não serem o X9 do futuro.

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Criança dedo-dura


No programa de amanhã dia 30/07 iremos abordar no Fala Pessoa, o comportamento do conhecido dedoduro ou delatador, o primeiro homem a ser um dedo duro na história foi Judas ao trair Jesus. E você meu amigo deve ter em mente alguns kilos de nomes de pessoas com esse perfil. Esse problema surgi ainda durante o crescimento do indivíduo.
Durante uma reunião familiar, Vítor, 7 anos, cruzou a casa cheia de visitas e foi falar ao ouvido do pai, o médico Jairo de Carvalho. O tema do cochicho: as primas, de 10 e 12 anos, estavam mexendo no teclado eletrônico, um delicado instrumento musical. O pai explicou que as primas eram mais crescidas e já sabiam mexer no teclado. Da próxima vez, o menino não precisava contar a ninguém: bastava pedir às primas que fossem cuidadosas. O comportamento "dedo-duro" de Vítor é muito freqüente entre os 6 e 8 anos. Para especialistas, a atitude tem pelo menos dois componentes. O primeiro diz respeito à forma de pensar das crianças dessa idade. "Elas são severas, não sabem flexibilizar a aplicação das regras. Não entendem que às vezes pode, às vezes não; que há pessoas que podem, outras que não podem", diz a professora Neide Saisi, especializada na formação de educadores infantis. O segundo aspecto é emocional: o filho, que agora já tem idéia de certo e errado, quer ganhar o amor dos pais "mostrando serviço". Quanto maior for essa necessidade, mais intenso pode ser o comportamento. Busca de justiça Embora a motivação varie com a circunstância, a fofoca das crianças costuma ser inocente. A forma como os pais reagem a ela é que pode determinar sua transformação num hábito ou não, formando pessoas capazes de respeitar a individualidade alheia ou os indesejáveis mexeriqueiros. "Se o pai valoriza a atitude, o filho pode se tornar aquele chato certinho, que quer estar sempre bem com a autoridade e está sempre mal com o grupo", diz a psicóloga Ana Maria Coelho. Mas não é o caso de ignorar ou repreender a criança, pois às vezes ela está também em busca de justiça: as normas devem valer para todos. Cabe aos pais explicar por que a regra pode ser alterada (se for o caso), e sempre reforçar que, se não há ninguém em perigo, não é preciso contar tudo o tempo todo, pois cada um é responsável pelo que faz. É assim que começam a se sedimentar noções de ética e justiça, que mais tarde vão se transformar em conceitos morais.
Então caro leitor seja um exemplo e um bom ouvinte dos seus filhos, para eles não serem o X9 do futuro.

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